domingo, 28 de dezembro de 2008

Chega de comilança!

Desde o dia 13 de dezembro entrei num ciclo de comemorações que além do Natal incluíram, aniversários, churrasco, casamento, confraternizações e almoços em família. Acho que não fiquei mais de 3 dias sem uma orgia gastronômica, que sempre é agravada pelo grande volume de bebida alcoólica disponível nessas ocasiões e que eu obviamente não deixo passar. Hoje, antes de ir pra academia fui me pesar e vi que ganhei quase 2kg. Pedi pro meu instrutor intensificar meu treino. Acho que vou passar a ir duas vezes por dia até essa época infernal acabar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O milagre do Natal

Nos últimos 10 dias fui a um casamento, dois aniversários, um churrasco, duas ceias e um almoço de Natal. O prejuízo foi de apenas um quilo extra, porque afinal de contas, agora eu sou uma esportista.

Tanto sacrifício deve ter feito com que Jesus me presenteasse com um pequeno milagre. Senhoras e senhores, é com muita alegria que vos informo que voltei a vestir P.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Vegetando

Eu confesso: gostaria de ser vegetariana. Acho chique. Minha amiga me disse que chique é comer um filé mal-passado num restaurante fino. Concordo. Mas como tenho pouco dinheiro, meu padrão de finesse é um pouco mais baixo. Há mil razões pelas quais as pessoas param de comer carne que vão de simpatia para com os animais a uma postura política anticapitalista, passando por preocupações com a saúde e o meio ambiente. E tem a moda também. Tem. Conheço vários vegetarianos, a maioria tem dó dos animais ou critica a indústria da carne, ou as duas coisas, mas tem uma meia dúzia que o faz porque é cool. E eu, dentre todos os motivos que existem para isso fui escolher o mais fútil.

Mentira. Não é só porque eu acho chique. Acho comida saudável uma delícia! Há muitas possibilidades alimentares quando você deixa de pensar que uma refeição tem que ser composta de um carboidrato, uma salada e uma carne. E os vegetarianos sabem disso como ninguém e são supercriativos na hora de cozinhar. Usam mil temperos diferentes, misturam ingredientes, preparam de forma inusitada. Engana-se quem acha que ser vegetariano é ficar refém da soja. Um dia desses eu jantei um hambúrguer de lentilha e de sobremesa, um alfajor. Ambos eram feitos sem nada de origem animal, ou seja, veganos. E pra minha surpresa, uma delícia.

E tem a saúde também. Sempre achei isso meio babaca, mas depois que alguém da sua família tem câncer você começa a dar importância a certas coisas. Parei de fumar, comecei a praticar exercícios regularmente e melhorei minha alimentação. Agora começo a me sentir próxima para dar o próximo passo.
O grande problema é a minha antipatia. Ao mesmo tempo que eu acho chiquérrimo ser vegetariano, acho os vegetarianos um pé no saco. Mesmo os mais legais (leia-se, meus amigos) me dão nos nervos de vez em quando com sua atitude de superioridade chamando os demais de “carnívoros”. O ar de superioridade eu entendo totalmente, mas não a burrice. Carnívoro é o leão, que caça e come suas presas ainda com o sangue quentinho, só isso, nada de saladinha ou um pãozinho pra acompanhar. Isso quem faz é o ser humano e o nome correto é onívoro.

Enfim, eu ainda tenho que pensar direito nisso. Sei que jamais serei vegana, porque a vida sem queijos e demais laticínios não teria muito sentido para mim. Mas acho que viveria bem sem carne. Seria duro ir a um churrasco e ter que deixar passar aquela picanha tenra e ainda levemente sangrenta. Ou ir a Belém e não me esbaldar nos peixes e camarões. É, pensando bem, acho que o máximo que eu poderia almejar seria me tornar “peixetariana”. Ou então deixar tudo como está, já que eu como bem pouca carne no meu dia-a-dia mesmo. O que eu queria com isso era ter legitimidade pra por aquele “V” na minha foto do Orkut. Chique no úrtimo!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cada um tem a popularidade que merece

Li numa chamada da revista Capricho que a apresentadora-retardada-de-cabelo-rosa Mari Moon não era assim, muito popular entre seus colegas de classe. "Ninguém na escola queria fazer trabalho comigo", queixa-se. Fala sério, será que ela não desconfia por quê?

Isso me lembra que quando eu estava na escola, todo mundo queria fazer trabalho comigo. Nesse momento eu era popular entre os vagabundos-porém-inteligentes do fundão, os burrinhos-esforçados do meio da classe e os nerds-boys-puxa-sacos que sentavam na frente. Com esses eu não me juntava nunca, porque detestava aquela atitude de filhos dos donos do mundo que já estudavam pro vestibular quando estavam na oitava série, mas eram burros, só sabiam o que a escola ensinava e mais nada. Não liam nada, não pensavam nada, um nojo. A maioria dessas pessoas está gorda, casada e cheia de filhos, porque pra eles a vida é assim mesmo, é o curso natural das coisas. Eca.

Aí eu mudei de escola e teve uma época que me ofereciam dinheiro ou coisas em troca de minha parceria nos estudos. Aí eu percebi que pouca gente gostava mesmo de mim mesmo, me irritei e comecei a pedir aos professores para passarem prova, porque na prova quem sabe, sabe e acabou. Aí as pessoas se sentiram à vontade pra dizer que eu era uma vaca arrogante, entre outras coisas. Bom, eu era mesmo.

Vejam como são as coisas. Eu faço análise há mil anos e é justamente uma chamada de capa de uma revista adolescente que me faz perceber a criatura antipática que eu era. Ainda bem que fiz um curso de simpatia no Senac e agora sou amada por todos, haha.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Trabalho, trabalho novo

Não. Se dependesse de mim, jamais teria um emprego novamente. Não me importo em ter uma carreira bem sucedida ou ser produtiva. Às vezes penso nisso apenas porque, sendo bolsista, ganho muito pouco, mas sei que isso se deve à matemática do mercado. Você vende seu tempo livre em troca de mais dinheiro. Eu vendo uma pequena parcela do meu tempo. Sim, pesquisa é trabalho, mas não se compara a um trabalho de escritório.

Meus amigos que trabalham 14 horas por dia têm muito mais dinheiro que eu e viajam para a Europa nas férias, enquanto eu tenho que juntar as moedas para ir pra Caxambu, num congresso, uma vez por ano. Porém, eu posso me dar ao luxo de ir ao cinema quarta-feira à tarde ou tomar sol numa quinta de manhã. O pouco dinheiro que ganho me proporciona essa tranqüilidade e estou muito feliz assim. O que eu queria mesmo era ser bolsista para sempre. Mas uma hora isso acaba. No meu caso, eu tenho mais quatro meses de vida boa. E ou dizer: estou apavorada.

Decidi ser jornalista porque trabalharia escrevendo. Desde os 12 anos eu ouço que sou boa nisso, então a escolha mais lógica seria trabalhar com algo que utilizasse essa habilidade. Meus colegas de academia elogiam meu texto acadêmico acrescentando que é evidente que eu tive uma “formação jornalística”. Eu me sinto lisonjeada e acho engraçado, porque a faculdade de comunicação me deu amigos, capacidade de jogar bilhar e um diploma. Mas ao mesmo tempo isso me entristece.

Seja no jornalismo, seja na academia, eu uso a minha habilidade pra outro fim que não é ela mesma e isso faz com que eu me sinta desperdiçando-o. Porque hoje eu tenho bastante consciência de que posso vir a ser uma jornalista ou uma intelectual competente, mas não está no meu sangue. O que realmente me move nessas atividades é que, depois de toda a agitação das redações ou dos quilos de livros que eu preciso ler para elaborar minha dissertação, haverá uma hora em que eu me sentarei diante do computador e meus dedos deslizarão pelo teclado e eu verei o texto se compor na tela. Nesse momento eu sinto o verdadeiro prazer do trabalho. É a hora que minhas inseguranças ficam de lado. Não penso se meu lead está bom, se eu entendi direito o conceito do autor. Tudo que consigo pensar enquanto escrevo é “puxa, eu sei fazer isso!”.

É aí que chegamos na eterna encruzilhada dessa minha vida de retinas tão fatigadas: se eu preciso escrever para viver, como viver de escrever? Há um tempo atrás eu saí cuspindo no jornalismo, dizendo que não queria saber mais disso, que meu negócio era a carreira acadêmica. Bem, todos que me conhecem sabem que de vez em quando eu fico obcecada com alguma coisa. Eu adoro fazer mestrado, quero continuar estudando, do mesmo jeito que um dia fui apaixonada pela reportagem. O problema não é o jornalismo, o problema não é a academia. O problema sou eu, que só fico plenamente satisfeita quando consigo ficar imersa no meu próprio caos, porque é isso que alimenta a criação.

Não, eu não consigo “tirar uma horinha do dia” pra escrever. Isso não é academia, não funciona assim. É uma avalanche de pensamentos, parágrafos que surgem inteiros na cabeça e uma sensação de que se não escrever enlouquecerei. No fundo acho que meu apreço pela academia se deve ao fato de não me exigirem tarefas imediatas. Lá as pessoas entendem que as idéias precisam de tempo, precisam decantar. Agora com o fim do mestrado se aproximando, não tenho outra alternativa a não ser procurar um emprego.

Nessa hora em que eu gostaria de ser uma mulherzinha bancada pelo marido e ficar em casa cozinhando, limpando, mimando meu gato, indo pro clube tomar sol. Porque uma hora a avalanche viria e nada me impediria de escrever. Uma vida sem relatórios ou deadlines. Infelizmente isso não é possível e eu estou procurando emprego. Provavelmente depois que conseguir sentirei algo como a música dos Smiths: heaven knows I’m miserable now. Eu preciso de uma solução, preciso dar um jeito de juntar um dinheiro, jogar na mega, assaltar um banco. Qualquer coisa que me proporcione tempo. Tempo e sossego pra escrever, porque sem isso, eu tenho a sensação de que uma parte em mim será sempre muito infeliz.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sapato nele!

Finalmente um repórter teve uma atitude digna de nota e tacou os sapatos em direção a George W. Bush quando ele fazia sua "viagem de despedida ao Iraque". Aí o rapaz foi preso. Sacanagem!

Fica a pergunta: será que na próxima Júnior vai cantar, parodiando a música do SPC: "toda vez que eu chego no Iraque, o sapato do repórter voa na minha cara..."?
Esta semana esse blog volta a funcionar regularmente. Pelo menos assim espero.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ter gato é padecer no paraíso

Zaratustra sumiu de novo. Ai, meu Deus...

Ops, Britney, did it again!

Eu adoro a Britney. Achava ela meio chatinha quando tinha aquela pose de santinha, mas depois do clipe de Slave 4 U, eu simplesmente me apaixonei por ela. E olha que isso foi bem antes dela ficar gorda e começar a sair por aí sem calcinha. É, porque se tem uma coisa que eu gosto de ver é celebridades na lama. Detesto gente famosa que toma pra si o papel de modelo de comportamento, que quer influenciar a juventude para o bem. Essa juventude já é muito careta (vide o RBD, os emos e todo esse rock proposta e inconsistente), então eu acho ótimo ter gente por aí mostrando o quanto é lindo meter o pé na jaca de vez em quando. E no caso da Britney é melhor ainda porque mostra que isso tem consequências. Não é moralismo, é parte da vida.

Mas não é por isso que eu gosto dela. Eu gosto da peruagem e do glamour. Das roupas absurdas, dos clipes, da coreografia, dos pops descartáveis, tudo. Acho ela ótima e espero do fundo do meu coração de perua que ela seja a próxima Madonna. Inclusive a rainha-mãe já reconhece isso e tem dado a maior força. Mas diz se não é verdade que músicas como Toxic são perfeitas pra liberar a vadia que existe dentro de cada um de nós? E agora que ela deu a volta por cima e está de novo linda, loira e magra, eu fico ainda mais passada. Taí a Britney para mostrar que você pode se estragar bastante e embarangar muito, mas sempre é possível dar a volta por cima. É claro que ajuda se você tiver muito dinheiro como ela, mas se eu que sou pobre estou conseguindo, então todo mundo pode.

E vamos pra esteira ouvindo Womanizer! Ui!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A selvageria dos bambis

Ontem uma amiga chegou na minha casa apavorada. Ela estava vindo pra cá quando passou por uma rua onde os sãopaulinos singelamente comemoravam o título quebrando tudo e balançando o carro de quem passava. Aí eles reclamam quando dizem que o São Paulo é time de boy, mas até onde eu sei é boy jiujiteiro e micareteiro que se sai com essas.