sábado, 27 de novembro de 2010

Dadaísmo ortodental

Hoje eu estava caminhando pelo centro quando passei por uma barraquinha do Dia da Prevenção ao Câncer Bucal. Como eu super apóio qualquer ação de combate ao câncer, lá fui eu participar e deixar minha linda boquinha ser examinada. Tudo certinho, até que o rapaz que me examinou solta essa:

- Tudo em ordem, só precisa usar aparelho.

Veja bem, caro leitor. A pessoa quer colaborar com a campanha e ouve um julgamento sobre a irregularidade de sua arcada dentária. E daí que eu tenho dentes tortos? Arcada dentária perfeita é coisa de burguês, rapá!

Ok, eu penso nisso de vez em quando. Mas já tive uma adolescência infernal o suficiente nessa vida, não preciso passar por outra. Daqui a um tempo eu vou querer ter filho. Uma grávida de aparelho me parece uma adolescente encrencada. Não, não dá.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O show do Paul - Parte 2

Fui. Foi lindo. Não tenho muito mais a dizer sobre isso. Apenas algumas observações.

Eu quis chorar quando tocou Something. Eu mesma nunca vi nada de mais nessa música, mas era uma das preferidas do meu pai. Mas no fim eu fiquei contente por estar lá, mesmo pensando que nós devíamos estar vendo aquilo juntos. De alguma forma, estávamos.

Todas as bandinhas indies show-gazzer/blasé deveriam ver o show do velhinho de 68 anos pra aprender como é que se faz um grande show de rock.

Fogos de artifício quando tocou Live and Let Die foram o ponto alto. Isso e quando no fim tocou Helter Skelter. Isso que é rock'n'roll, crianças. Olhem e aprendam.

Eu sempre quis segurar um isqueiro aceso ao som de uma música bonita num estádio. Fiz isso ontem ao som de Let it Be e queimei meu dedo. Mas valeu.

Acabou meu dinheiro para sempre. Mas acho que eu não preciso ver outro show por um bom tempo.

Puta banda. Enxuta e competentíssima. E um baterista que é tão bom e carismático que poderia sair em turnê sozinho porque certamente conquistou muitos fãs.

sábado, 20 de novembro de 2010

A minha lista de intenções

Coisas cotidianas que gostaria de fazer e atitudes que gostaria de ter e que e não faço ou faço só de vez em quando ou apenas planejo e não faço nunca.

- Limpar a pele do rosto diariamente, passar cremes, não dormir maquiada.

- Malhar pelo menos três vezes por semana.

- Parar de comer açúcar e frituras de uma vez por todas. E carne também.

- Beber com moderação.

- Arrumar meu guarda-roupas, meus livros e minha casa.

- Estudar mais, ler mais livros, ler o jornal todos os dias, ver menos televisão e ficar menos na Internet.

- Deixar a decoração da minha casa menos caretinha.

- Fazer mais programas culturais ou simplesmente fazer coisas que não se resumam a comer/beber.

- ser mais namorada do meu marido.

- Falar menos e ser menos transparente porque eu poderia ser muito mais bacana se soubesse calar a boca de vez em quando.

- ser menos ansiosa, impulsiva e ciumenta, egocêntrica

- ser mais organizada e racional.

- Acordar cedo.

- Parar de roer as unhas.

- Não mudar de ideia a o tempo todo.

- Não dormir de lente.

Resumindo, parece que seria melhor se eu fosse outra pessoa.

domingo, 7 de novembro de 2010

Colocar ordem no caos

Eu gostaria de ser uma pessoa mais centrada. Menos passional, mais organizada, com objetivos que não mudam a cada dois meses. Mas eu não sou. A grande sacada quando você tem esse caos todo dentro de si - e que não raro, transborda - é compreender a sua limitação e agir nisso. É muito difícil, é um trabalho para a vida inteira. Mas estamos caminhando.

Estou escrevendo sobre isso porque ultimamente muita coisa tem acontecido e tenho sentido a necessidade de mais equilíbrio e ordem na minha vida. O que é curioso porque passei a pensar nisso justamente num dos períodos mais agitados e boêmios da minha vida. I'm a walking contradiction, já diria o Green Day.

É porque eu entrei no jornal num trabalho temporário e tinha simplesmente deixado pra resolver minha vida depois da eleição. Mas a vida não espera e felizmente eu continuo tendo um emprego numa área que eu realmente gosto e apesar do medo do desconhecido, estou feliz. Então o que preciso fazer agora é aprender a me organizar e existir no meio de tantos afazeres e, como se não fosse suficiente, essa intensidade do capeta que eu tenho por dentro.

A partir dessa semana começa uma fase nova. Isso vai exigir de mim algumas mudanças, mas sinto-me tranquila em relação a isso. Aos poucos eu vou contando.