Ele é arrogante, egocêntrico, paranóico, obcecado, misantropo, repetitivo. E genial. Fica fácil saber porque eu gosto tanto de Woody Allen: eu me vejo em seus filmes. Porque eu também sou tudo isso. Eu também faço análise, também reclamo de tudo, também sou irritantemente tagarela, também adoro cidades grandes, também giro em torno das mesmas idéias que sempre falam de mim mesma, também sou pessimista de um jeito engraçado, cheia de manias, metida, dramática.
Hoje assisti Whatever Works (que no Brasil ganhou o péssimo título "Tudo pode dar certo"). Depois de Vicky Cristina Barcelona pensei que seu próximo filme fatalmente me decepcionaria. Até parece. Um filme do Woody Allen é sempre um filme do Woody Allen e eu sempre gosto. Porque as piadas são ótimas, porque me reconheço no seu mau humor e no caso particular deste último filme, porque dá essa sensação de que tudo bem você ser uma pessoa super rabugenta que se irrita com tudo e prefere passar a maior parte do tempo sozinho. Sempre há alguém que vai gostar de você, apesar de tudo isso. Talvez até por causa de tudo isso. Whatever works.
domingo, 2 de maio de 2010
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3 comentários:
ah, esse sujeito, até quando é ruim é bom... amor incondicional
Larry David é um Woody perfeito. Woody melhor que Woody até (como ator, claro)!
estou tentando montar uma coleção básica do woody allen, mas tem muita coisa que ainda tá fora de catálogo, como tiros na broadway e desconstruindo harry. minhas últimas aquisições foram hanah e suas irmãs e crimes e pecados.
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