Um dia ele aparece com a orelhinha rasgada. No outro a vizinha reclama das danações que ele faz. Na última semana Zaratustra me deu mais uma prévia de como é ser mãe de um moleque danado: chegou em casa mancando, provavelmente por causa de briga na rua (estava com um arranhão atrás da cabeça e outro, maior, na perna onde mancava). Eu fiquei apavorada, chorei, pus de castigo. Mas assim que ele melhorou lá foi ele pular os muros da vizinhança de novo.
Isso foi há dois dias. Hoje ele apareceu em casa com uma cor amarronzada, como se tivesse rolado na terra. Ele gosta de se esfregar no chão ou passar a cara por baixo dos carros e ficar com um aspecto de mecânico. Ele tomou banho esta semana, mas não importa, ele se recusa a permanecer limpo, branquinho e cheiroso. Lembrei de quando meu irmão voltava da escola com a camiseta que tinha sido branca, toda amarronzada e a perplexidade da minha mãe que dizia "esse moleque só pode rolar na terra". Pois é, meus amigos. Quem não tem filho caça com gato.
domingo, 9 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Ah, mas por trás dessas linhas inconformadas existe uma mãezona toda orgulhosa do filho danado, cheio de vida... ;) Mais um motivo (se com gato é bom, imagina com um moleque de verdade!) pra já ires encomendando o teu pimpolho... Casada, com renda estável... por que não? Porque sobraria menos tempo para a carreira e os estudos? Balela. Olhando por um ângulo panorâmico, vai ser muito pior engravidares quando já estiveres dando aula, porque não vais ter tempo para te ocupar da educação do moleque. Será que as pessoas não entendem que uma criança bem educada (educada como gente, não como criança idiota; ou pior ainda, entregue aos "cuidados" de babás) contribui tanto para o futuro da humanidade quanto... algo que contribui muito para o futuro da humanidade?!
Eis minha humilde e juvenil opinião...
hehehe... acho que vc está treinando, hein?!
Tô treinando a pior parte: o filho adolescente e boêmio, ai ai ai...
Postar um comentário